Representantes do Movimento Pró-Ferrovias realizaram reuniões em Brasília com o objetivo de sensibilizar o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e o Ministério de Transportes sobre a necessidade urgente de desenvolver o modal ferroviário no Sul do Brasil. O primeiro encontro contou com a presença do diretor de ferrovias da Associação Comercial e Industrial de Chapecó (ACIC), Lenoir Broch, e o diretor executivo da Associação Catarinense de Avicultura (ACAV) e do Sindicato das Indústrias de Carnes e Derivados (SINDICARNE), Jorge Luiz De Lima, a convite do presidente do Câmara Setorial de Milho e Sorgo do MAPA, Enori Barbieri. 

A discussão girou em torno do projeto da Nova Ferroeste, que pretende conectar Maracaju (MS) a Chapecó (SC), passando pelo Paraná. Segundo Barbieri, o projeto está em estágio avançado de negociações, e o leilão para sua realização deve ocorrer em breve pelo Ministério dos Transportes. “A relevância desta ferrovia para Santa Catarina é inegável, uma vez que o futuro da agroindústria catarinense está intrinsecamente ligado à importação de milho do Centro-Oeste. Esse insumo é fundamental para a transformação de milho e soja em proteína animal, impulsionando a produção de suínos e aves. Tanto para o estado catarinense quanto para o Rio Grande do Sul, que também enfrenta déficits de milho, dependem dessa conexão ferroviária para garantir o abastecimento,” explicou o presidente da Câmara.

Santa Catarina e Rio Grande do Sul estão enfrentando um déficit significativo na produção de milho, resultando em uma crescente necessidade de importação. O Paraná, que consome 20 milhões de toneladas do grão, em breve também precisará importar devido ao rápido crescimento da avicultura e suinocultura na região. Um documento para acelerar o leilão da Nova Ferroeste foi entregue à Câmara e seguirá o protocolo para chegar ao ministro. Há expectativa de que o secretário de Política Agrícola, Neri Geller, manifeste apoio à intervenção do Ministério da Agricultura junto ao Ministério dos Transportes.

FONTE: AGROLINK